segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Uma poesia

Depois do nosso primeiro abraço, cheguei em casa e fiz essa pequena poesia para nossa tribo:

Os elementos, o movimento e as borboletas


E das raízes da terra, brotaram a esperança,
Não essa que espera, mas aquela que canta,
Não essa imóvel, mas aquela que dança.

E do caule do ar, voo a amizade,
Não para longe, mas para perto,
Não para fora, mas para dentro.

E das folhas molhadas, nasceu o afeto,
Não aquele que cobiça, mas o que aconchega,
Não aquele que afeta, mas o que comemora.

E da flor em chamas, as borboletas se reuniram,
Não para ganhar a vida, mas para celebrá-la,
Não para enganar o tempo, mas para senti-lo
Na terra da raiz, no ar do caule, na água da folha e
Nas chamas que se movimentaram nas asas dos abraços.

E dos elementos o universo se reorganizou
E da planta se fez o jardim
E do ritual da alegria se fez a tribo das borboletas!

Diaethria clymena, popular 88

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